Justificativa
O compromisso com a construção da cidadania pede, necessariamente, uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental. “Parece certo que, hoje, vivemos um momento de certo mal-estar ético: a despeito de claras conquistas democráticas em quase todo o planeta, há queixas generalizadas sobre violência, desrespeito ao espaço público, vandalismo, individualismo, desonestidade, egoísmo etc. Para uns, a situação seria de verdadeira anomia, entendida como ausência de valores e regras ou como presença de valores e regras contraditórios no seio de uma mesma sociedade. Para outros, a crise de valores não seria tão profunda, mas nem por isso deixaria de se fazer sentir”. O mundo, decididamente, não anda muito bem. sabemos, vemos e sentemos as consequências. Todos têm consciência de que alguma coisa precisa ser feita, com urgência, para salvar o planeta do caos moral, ético e ambiental no qual se acha imerso. Mas o que fazer para mudar esta situação? Ações de voluntariado têm permitido à escola discutir sobre valores como ética e cidadania, além de estimular a solidariedade e a cultura da paz. Na escola, o trabalho voluntário pode enriquecer o processo ensino-aprendizagem, complementar as atividades desenvolvidas em sala de aula e proporcionar uma compreensão mais aprofundada dos conteúdos abordados pelas matérias, uma vez que permite relacionar teoria e prática. Acreditamos que cidadania não se ensina diretamente. Só é possível aprender cidadania se ela for conhecimento significativo em ação. Deste modo, dando significado ao conhecimento, a cidadania poderá ser ensinada e vivida, tanto dentro quanto fora dos muros do Escola. Municipal Professor José de Ribamar Barbosa, que tem como um dos seus objetivo o de “Promover, através da educação , o desenvolvimento integral do educando, formando cidadãos autônomos, comprometidos com o bem estar da comunidade, da Pátria e com Deus”,Inclui, na sua proposta pedagógica, desenvolver a ética e a solidariedade. “Amar o próximo como a si mesmo” - olhar para as carências dos necessitados e buscar meios de satisfazê-las.
Objetivos Gerais:
Compreender à cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo respeito para si mesmo.. Posicionar-se de maneira crítica, respeitável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas. Despertar a sensibilidade dos alunos, dos pais e da comunidade escolar para as necessidades dos semelhantes. Desenvolver espírito de solidariedade nos alunos, nos pais e na comunidade escolar. Resgatar a prática da regra áurea nos relacionamentos interpessoais, que é amar ao próximo como a si mesmo.
Objetivos Específicos por Nível de Ensino Para a educação de atitudes e valores solidários
1º Ano do Ensino Fundamental
• Comunicar-se e brincar com crianças de ambos os sexos.
• Compreender o papel de afetividade, amar e ser amado, no âmbito das relações interpessoais.
• Adquirir uma atitude flexível e não-discriminatória em relação a outras raças e costumes, etc.
• Compreender a importância de ter amigos, colegas e uma família que nos ame.
2º ao 5º Ano do Ensino Fundamental
Favorecer ações de cooperação.
Perceber a igualdade das pessoas (ricos e pobres, meninos e meninas, homens e mulheres...)
Valorizar as causas dos desajustes entre pobreza e riqueza, o trabalho do homem e da mulher, o tratamento diferenciado dado às pessoas de acordo com sua função social.
Conhecer as condições de vida de regiões pobres do terceiro mundo por intermédio de informações orais e audiovisuais
Tomar consciência do papel do ser humano como protagonista do futuro do planeta.
Insistir na responsabilidade com o futuro e na relação entre o meio ambiente e a qualidade de vida humana.
Perceber as diferenças geradas pelos modos de produção entre os países pobres e ricos.
Perceber que as ações organizadas e participativas são mais eficazes do que as individuais.
Descrever diferentes maneiras de exercer a condição de cidadão.
Público Alvo:
Alunos, pais, professores e funcionários da Escola Mul. Professor José de Ribamar Barbosa.
Período de Realização:
O Projeto Transdisciplinar: “Cidadania: A arte de viver bem”, será realizado durante o ano letivo de 2012.
Transversalidade e Interdisciplinaridade:
Considerando que Cidadania é sabedoria, constituída pelos conhecimentos curriculares contextualizados na prática do dia-a-dia e na busca de soluções para situações-problema e de conflitos, sugerimos envolver as diversas áreas do conhecimento, através da interdisciplinaridadee e da transversalidade, estabelecendo, na prática educativa, uma relação entre aprender na realidade e da realidade de conhecimentos teoricamente sistematizados, sempre considerando as questões da vida real. Propomos ainda a realização de atividades que levem o aluno a refletir sobre a importância da solidariedade, da ética e da preservação do meio ambiente, sempre considerando a faixa etária, as experiências vividas e as necessidades sentidas e expressas pelos próprios alunos, a fim de que os conteúdos desenvolvidos ganhem potencialidade de aplicação.
Questões para reflexão
Tarefas da Vida Cidadã:
Continuar estudando, escolher uma profissão e construir as competências necessárias para ser bem sucedido.
Decidir sobre seu próprio corpo, sua saúde, sua qualidade de vida, sua sexualidade.
Decidir sobre sua relação com a ordem jurídica e institucional.
Cuidar do seu lugar, para cuidar do meio ambiente.
Consumir sem consumir o mundo.
Conviver e acolher diferentes pessoas, lugares, instituições.
Competir dentro das regras.
Colaborar independentemente das regras.
Comunicar-se para sentir-se parte, fazer-se entender, ser aceito e entender: O mundo dos homens; O mundo das coisas.
Situações-problemas e de conflitos:
Entre as situações-problemas e de conflitos produzidas hoje no âmbito social, poderíamos destacar as seguintes como as mais significativas:
O problema ambiental: a progressiva deterioração do meio ambiente natural (físico) e social, traz como conseqüência o desequilíbrio que hoje experimentamos entre o desenvolvimento, o respeito à natureza e a participação ativa dos seres humanos em sua conservação e melhoria.
O problema do subdesenvolvimento: criador de desigualdades cada vez maiores entre pobres e ricos; uma questão, na qual é consolidada, de forma cada vez mais incômoda, uma situação de capitalismo selvagem nos chamados países do Norte e uma situação de pobreza e dependência radical nos do Sul.
O problema do consumo e do consumismo: gera despersonalização e manipulação das consciências. Consumismo desenfreado e acrítico. Cultura do individualismo, do prazer imediato e do ter cada vez mais às custas do que for preciso e à margem das necessidades reais. Aqui também entraria o incentivo ao abandono de hábitos que vão contra a vida saudável (como fumo, o álcool, as drogas...) O problema do consumo não é só um problema de saúde, mas também de justiça.
O problema da violência: a violência manifestada nas guerras, assim como nas injustiças sociais.
O problema viário: tanto na perspectiva relacionada ao tráfego e ao risco, devido à velocidade, como no que se refere à questão dos direitos dos pedestres, à falta de comunicação e à deterioração da qualidade de vida urbana.
Problemas relacionados a desigualdades: são manifestados em preconceitos e discriminações baseados em diferenças de raça, de sexo, de religião, de classe social ou de qualquer tipo de características sociais.